Câncer

Câncer sempre foi palavra assustadora para quase todo mundo, mesmo para os médicos. Quando recebem este diagnóstico, muitos têm a reação de quem acabou de ser condenado à morte. Apesar das informações dos grandes avanços terapêuticos obtidos na área nos últimos vinte anos, a primeira reação é de desespero. Como toda doença grave, muitos são os mitos criados sobre o câncer e seus tratamentos. Esperamos, ao longo deste livro, esclarecer e desmitificar uma boa parte deles. O livro mostra os conceitos básicos, prevenção, terapia, mitos e verdades.

Seguimento pós-tratamento de pacientes com câncer da mama: quando e como orientar? / Routine follow up of breast cancer patients: when and how to orientate

A necessidade e a forma de seguimento de pacientes com câncer da mama é assunto controverso. Há enorme variaçäo, entre profissionais, sobre quais exames solicitar e periodicidade das consultas. Alguns procedimentos, hoje feitos de rotina, näo têm o suporte da evidência científica. Do ponto de vista de controle loco-regional, orientar a paciente para auto-exame das mamas e consultas a cada 4 a 6 meses com mamografia anual, formam um conjunto de orientaçöes bastante consensual e eficiente. O aspecto menos definido refere-se à pesquisa, de rotina, de metástases hematogênicas em pacientes assintomáticas e tratadas com intençäo curativa. Este assunto tem sido recentemente discutido com opiniöes bem antagônicas. Aparentemente a solicitaçäo de vários exames de laboratório e radiológicos, de rotina, possibilita fazer diagnóstico de falha a distância um pouco mais precocemente, mas näo há evidências que isso mude a sobrevida global. Pelo enorme número de pacientes, a solicitaçäo de exames de rotina tem um alto custo. Além disso, em geral, estes exames deixam as pessoas ansiosas. Pelo menos dois estudos prospectivos e randomizados europeus, comparando a sobrevida de pacientes assintomáticas seguidas com exames usuais de rotina, versus seguimento mais orientado por queixas, mostram igualdade de sobrevida. O mesmo cabe para os atuais marcadores inespecíficos. Para pacientes que näo participam de estudos prospectivos, o que significa a maioria dos casos, seguimento com exame clínico e solicitaçäo de exames basicamente quando os sintomas exigirem, é uma boa alternativa quando se considera custo/benefício.

Câncer do endométrio: tratamento adjuvante pélvico apenas com radioterapia externa após cirurgia sem linfadenectomia / Endometrial cancer: pelvic control with only external beam radiotherapy following surgery without lymphnode dissection

A incidência mediana de câncer endometrial no Brasil é de 6 casos novos/cem mil mulheres/ano. A radioterapia tem sido usada como tratamento adjuvante pré ou pós cirurgia, com ou sem braquiterapia. Há consenso de que os casos estadiados como II e III pela FIGO recebam irradiação pélvica, com ou sem braquiterapia. Entretanto, 75 por cento dos casos são estádio I. Por isso há subgrupos prognósticos que dependem da profundidade de invasão do miométtrio e do grau histológico do tumor. Tumores em estádio I com invasão profunda do miométrio e/ou alto grau têm também sido tratados com irradiação. A adição de braquiterapia vaginal após a radioterapia externa resulta em melhor controle de falha pélvica? Esta é uma pergunta não resolvida. Desde 1990 temos feito apenas radioterapia externa nos casos de câncer do endométrio que têm indicação de irradiação adjuvante, sem braquiterapia. A cirurgia básica destes casos têm sido histerectomia abdominal total + salpingo-ooforectomia bilateral sem dissecção de rotina dos linfonodos pélvicos. Foram revistas retrospectivamente 61 destes casos tratados no nosso serviço, com 4 campos pélvicos, Cobalto, dose total entre 45Gy-50, 4Gy em 25 a 28 frações. Seguimento mediano de 33 meses mostrou um único caso de falha em vagina, 6/61 casos de pacientes que morreram e apenas um caso de complicação intestinal moderada. Estes resultados se assemelham com outros da literatura que não usam a braquiterapia de rotina após a irradiação na pelve.

Hiperfracionamento em carcinoma epidermóide do colo do útero, estádio IIIB - um estudo prospectico / Hyperfractionated external irradiation therapy in stage IIIB carcinoma of the uterine cervix - a prospective pilot study

O Brasil tem uma enorme incidência de câncer do colo do útero e cerca de 50 por cento dos nossos casos são de estádios avançados. A radioterapia externa com hiperfracionamento (HXF) pode ser alternativa útil no controle local desses tumores, mas está em fase de investigação. Decidimos realizar um estudo piloto, prospectivo, com pacientes estadiadas como IIIB, portadoras de carcinoma epidermóide do colo do útero para avaliar a tolerância e a sobrevida global com HXF. Quando este estudo começou, em 1991, não havia nenhuma publicação a respeito na literatura médica mundial. Material e métodos. Entre janeiro/1991 e dezembro/1993, 70 pacientes com carcinoma epidermóide do colo do útero IIIB foram tratadas e seguidas no Serviço de Radioterapia e são objetos desta análise. Vinte e três receberam HXF, 28 receberam só radioterapis externa tradicional. HXF foi dado com doses de 1,2 Gy, duas vezes por dia, com intervalo de seis horas, até a dose de 72 Gy em 30 dias úteis. Radioterapia tradicional foi dada ena dose...

"Tratar todos os campos por dia?" - Questionando um velho dogma (ou, radioterapia na pelve: especulações sobre fracionamento) / Treating all fields in every radiotherapy session? - Questionig the old dogma

Há mais de vinte anos Wilson e Hall publicavam artigo sugerindo que todos os campos fossem tratados em cada sessão de radioterapia (RT), baseados em cálculos que envolviam o conceito de NSD (ou TDF). O artigo considerava tratamento feitos com cobalto a uma SSD=70cm. Começava mais um tradicional dogma da RT: da necessidade de se irradiar todos os campo todos os dias. no Brasil, a maioria dos serviços trabalha com unidade de cobalto ou aceleradores lineares de baixa energia, em que esta necessidade é mais forte. Entretanto, o grande volume de pacientes e as filas de espera acabaram forçando-nos a não tratar todos os campos por dia. Particularmente, os campos pélvicos têm sido planejados com quatro campos (tijolo), mas apenas dois têm sido irradiados diariamente, em forma de rodízio... No sistema de rodízio mencionado, mesmo o valor de TDF dos tecidos subcutâneo dos campos AP-PA não chega a esse número. Isso talvez explique o fato de não aparecer fibroses, apesar de várias análises sobre esses conceitos e questiona o elho dogma da obrigatoriedade de se irradiar todos os campos por dia.

Tratamento conservador do câncer da mama: resultados de 148 pacientes com 88 meses de seguimento mediano / Conservative treatment of breast cancer: results of 148 patients with 88 months of median follow-up

Foram analisadas 148 pacientes do sexo feminino, com câncer da mama histologicamente comprovado, tratadas no Centro de Oncologia Campinas, em Campinas-SP, entre setembro de 1977 e dezembro de 1984. Todas foram operadas de forma conservadora, com ressecçåo tumoral (sem mastectomia) seguida de radioterapia locorregional, feita com cobalto e feixe de elétrons, com ou sem quimioterapia adjuvante. Apenas 82 pacientes tiveram dissecçåo axilar. Em relaçåo ao estadiamento clínico, 20 por cento eram do estádio I, 60 por cento do estádio II e 13 por cento estádio III. O tempo de seguimento mediano foi de 88 meses. A sobrevida actuarial global, em 8 anos, por estádio, foi: Estádio I= 87 por cento, estádio II= 68 por cento e estádio III= 23 por cento. A sobrevida actuarial global dos 148 casos, em 8 anos, foi de 66 por cento, sendo que 13,5 por cento dos casos tiveram alguma falha local. Estes números såo comparáveis aos obtidos no Brasil (e até fora) com tratamentos cirúrgicos radicais, e confirmam que o tratamento conservador é a melhor alternativa para o tratamento do câncer inicial da mama

Radioterapia em linfomas näo-Hodgkin / Radiotherapy in Non-Hodkin's lynphoma

Os linfomas näo-Hodgkin (LNH), como os linfomas em geral, säo sensíveis à radioterapia (RT). Doses de 3.500-4.500 cGy nos fracionamentos habituais de 900 a 1,000 cGy por semana costumam esterilizar as áreas comprometidas sem agrediar de forma irreversível a maioria dos tecidos normais. Entretanto, a maioria dos linfomas tem apresentaçäo inicial disseminada. Os LNH na criança praticamente näo têm indicaçäo de RT, exceto nos casos de comprometimento do SNC e tratados paliativos. Os casos de LNH do adulto que podem se beneficiar com a RT exclusiva, com intensäo curativa, säo aqueles de doença localizada (estádios I ou II) e baixo grau de agressividade (low grade); ou os LNH de células grandes (large cell) estadiados como I (estadiamento completo, com biópsia de medula óssea e avaliaçäo infradiafragmática adequada). Em geral, na maioria dos outros casos a RT tem sido usada em combinaçäo com diversos esquemas de quimioterapia (QT). Mais recentemente alguns serviços näo tem usado como tratamento inicial. Ainda estäo para ser definidas com clareza a extensäo do campo de RT e a dose ideais, particularmente nos tratamentos combinados. tem-se usado cada vez menos os campos extensos (extended fields) como mantle ou Y invertido e dando-se preferência aos campos localizados (involved fields), que incluem apenas as áreas acometidas inicialmente com linfoma ou aquelas onde há tumor residual após quimioterapia. Em geral tem-se usado a RT após a quimioterapia: alguns centros propröem tratamento intercalado QT e RT no sentido de evitar o ínicio tardio da RT. Espera-se que esta introduçäo precoce da RT possa agredir eventuais células resistentes à QT. A dose de RT varia, mas näo se tem usado menos que 3.000 cGy e näo mais que 5.000 cGy nos fracionamentos habituais. Espera-se que o uso da RT após a QT possa consolidar a resposta inicial e evitar a recidiva, que ocorrem com maior frequência nas áreas onde a doença era, inicialmente volumosa.

Dissecçäo da axila no tratamento do câncer de mama / Axillar dissection in the treatment of breast cancer

A dissecçäo da axila no tratamento do câncer da mama tem sido questionada quanto aos seus objetivos. No passado próximo a intençäo era curativa; presentemente tem sido indicada principalmente para oferecer informaçäo de extensäo da doença (comprometimento de linfonodos por tumor) e tratamentos complementares, principalmente a quimioterapia adjuvante. Apenas alguns subgrupos de mulheres têm-se beneficiado realmente da quimioterapia adjuvante: as pré-menopausadas com linfonodos axilares comprometidos com tumor. Uma vez decidida a dissecçäo axilar, ainda resta a questäo de saber se deve ser radical, ou limitada a níveis I e II (até músculo peitoral menor). Muitos centros importantes de câncer indicam a dissecçäo limitada da axila, que em média retira cerca de 10 linfonodos, alegando que desta forma näo há risco de edema importante do braço e conseguem boa informaçäo prognóstica e bom controle tumoral da axila. Aqueles que indicam a dissecçäo radical alegam que esta é a única forma de se obter informaçäo real da situaçäo axilar. Algumas pacientes podem ter linfonodos livres de tumor na parte baixa da axila, mas com tumor no ápice axilar ("skip metastasis"). e única forma de descobri-lo seria através da dissecçäo radical. Como a dissecçäo radical da axila pode causar edema do braço, é importante questionar a real indicaçäo da mesma. Pacientes em pós-menopausa e com axila clinicamente negativa talvez pudessem ter a alternativa de näo dissecar a axila de forma radical (e com isso näo correr o risco de edema do braço), sem aumentar a chance de falha de tratamento. O presente artigo discute o problema da dissecçäo da axila no tratamento do câncer da mama e mostra dados de 148 pacientes que fizeram tratamento conservador no Centro de Oncologia Campinas, metade das quais sem dissecçäo da axila

Doença de Hodgkin: resultados de tratamentos de 61 pacientes / Hodgkin's disease: results of treatment of 61 patients

A Doença de Hodgkin representa um terço dos linfomas malignos. É um dos cânceres mais curáveis hoje, com a utilizaçäo da radioterapia e quimioterapia adequadas. Estes tratamentos, apesar de oferecerem alto índice de cura, podem causar complicaçöes importantes como esterilidade ou nova neoplasia. É responsabilidade de quem trata pacientes com Linfoma de Hodgkin obter ótimo índice de controle tumoral com baixo índice de complicaçöes, e este objetivo näo é fácil. No presente trabalho analisamos 61 casos de pacientes adultos com Doença de Hodgkin, tratados no Centro de Oncologia Campinas, de janeiro de 1978 a julho de 1985. Em relaçäo ao estadiamento 16 eram estádio I, 21 eram II, 20 eram III e 4 eram IV. A sobrevida global foi de 92% e a sobrevida livre de doença foi de 75%, em cinco anos. O tempo médio de seguimento foi de 36 meses. Na fase de avaliaçäo de extensäo de doença, houve algumas dificuldades ligadas à nossa deficitária medicina social ainda em desenvolvimento, mas que näo repercutiu no controle da neoplasia. Em dois terços dos casos, que puderam ter uma avaliaçäo da funçäo gonadal, näo houve alteraçäo menstrual ou azoospermia a longo prazo devidos aos tratamentos. Houve apenas um caso de segunda neoplasia, provavelmente näo relacionada com os tratamentos previamente recebidos pela paciente, mas como estas complicaçöes tumorais aparecem tardiamente é necessário maior seguimento

Astrocitomas malignos: resultados em 46 casos tratados no Centro de Oncologia Campinas / Malignant astrocytomas: results in 46 cases treated in Centro de Oncologia Campinas

Os astrocitomas malignos säo os tumores mais freqüentes do Sistema Nervoso Central no adulto. Para o tratamento têm sido utilizadas a cirurgia, radioterapia e eventualmente quimioterapia. Os resultados näo säo bons. Revimos 46 casos de astrocitomas malignos tratados com cirurgia, radioterapia e quimioterapia, no Centro de Oncologia Campinas. O presente trabalho mostra estes dados e os compara com outros da literatura

Cirurgia conservadora e radioterapia no tratamento do câncer de mama: resultados preliminares de 148 pacientes / Conservative surgery and radiotherapy in the treatment of cancer of the breast

O tratamento conservador do câncer de mama consiste na combinaçäo de ressecçäo da neoplasia mamária apenas seguida de radioterapia, com preservaçäo da mama. A literatura existente é francamente favorável à sua indicaçäo, desde que haja equipe experiente e se respeitem as normas básicas do tratamento: ressecçäo total do câncer macroscópico e radioterapia com megavoltagem, dose e fracionamento apropriados. Apresentam-se os resultados preliminares de 148 casos de câncer de mama, tratados de forma conservadores no Centro de Oncologia Campinas, com seguimento que variou de 3 a 87 meses (mediana 28 meses) contados a partir do diagnóstico histológicos. A sobrevida atuarial em 5 anos foi de 77% e a sobrevida livre de doença, de 55%. Doze pacientes (8%) apresentaram recidiva loco-regional e outras 13 (9%) tiveram metástases a distância como primeira apresentaçäo da falha terapêutica. Estes resultados, assim como o baixo índice de complicaçöes, e 89% de resultados cosméticos considerados bom e regular, säo comparáveis aos da literatura em situaçöes semelhantes, e aos obtidos no Brasil com cirurgia radical do tipo Halsted. Até o momento, esse tratamento conservador tem sido uma alternativa apropriada às mastectomias radicais no tratamento do câncer de mama localizado, oferecendo ótima qualidade de vida

Manografia: onde está o erro? / Mammography: where is the error?

Fez-se um estudo para avaliar o índice de positividade de mamografias realizadas nos pacientes com câncer. Foram observadas 136 pacientes

Cone para irradiaçäo na cavidade oral com elétrons / Irradiation of the oral cavity by using an electron cone

Nas pequenas lesöes da cavidade oral, a radioterapia localizada evita a irradiaçäo desnecessária dos tecidos normais e reduz os efeitos colaterais. Esta pode ser a finalidade de acrescentar dose às lesöes previamente reduzidas pela irradiaçäo externa ou mesmo de tratamento exclusivo em certos casos. O feixe de elétrons de 7 MeV se presta bem a esta situaçäo pela sua pouca penetraçäo, ou seja, apenas de alguns centímetros de profundidade. Para a aplicaçäo desse feixe nessas pequenas lesöes, desenvolveu-se um cone, com 3,5 cm de diâmetro, e um sistema de fixaçäo que substitui os colimadores adicionais do acelerador linear "Sagittaire". O presente trabalho descreve os detalhes desse cone, assim como as características físicas do feixe, importantes na sua aplicaçäo clínica

Apoio emocional a pacientes com doença de Hodgkin: notas sobre uma experiência / Emotional support of the patients with Hodgkin's disease: notes on an experience

Durante um ano, uma vez por mês, um oncologista e um psicoterapeuta se reuniram com pacientes com Doença de Hodgkin com uma dupla proposta: informar os pacientes sobre sua doença e permitir que eles expusessem livremente seus sentimentos e anseios em relaçäo à experiência de ter um tumor maligno. Pacientes com Doença de Hodgkin foram escolhidos porque, em geral, säo jovens, mais diferenciados que a média, altamente curáveis e o tratamento é difícil e pode resultar em seqüelas importantes como castraçäo. Este artigo mostra os resultados desta troca de informaçöes, onde o ensinar e aprender se misturaram de tal forma que acabou em uma única e mesma experiência

Linfomas nao-Hodgkin em adultos. / Non Hodgkin's lymphoma in adults

Os linfomas nao-Hodgkin (LNH) em adultos formam um grupo de neoplasias dos mais complicados dentro da oncologia. Em nosso pais, as dificuldades pela demora, custo elevado e tecnicas de alguns exames, conssiderados indispensaveis ao estadiamento, agravam o problema. Analise dos primeiros 75 casos dos autores, em julho de 1980, deixou clara a impossiblidade de se seguir a orientacao ortodoxa nos LMH de adultos, de forma homogenea e rotineira, no nosso meio. Os autores propuseram um esquema alternativo, mais simples e mais de acordo com as dificuldades locais, que tem sido utilizado desde aquela epoca ate agora. Os resultados de 47 pacientes conduzidos pelo esquema alternativo, com seguimento que variou de 3 a 37 meses, mostraram nitida evolucao pela possibilidade de poder agrupar pacientes e tirar conclusoes. Tanto que, ate onde se sabe, e a unica publicacao recente, no Brasil, de resultados em LNH em adultos

Irradiacao de grandes campos abdominais com fotons de alta energia. / Irradiation of large abdominal areas with high energy photons

Os autores demonstram as tecnicas utilizadas com acelerador linear de 25 MeV, em irradiacao de campos extensos e, em especifico, nos tumores do ovario, testiculo e linfomas nao-Hodgkin

Radioterapia nos tumores gloticos (Resultados preliminares do Centro de Oncologia Campinas). / Radiotherapy in the glottic tumors - (Preliminary results of the Centro de Oncologia Campinas)

Nos cinco anos de atividade do Centro de Oncologia Campinas foram tratados 48 pacientes, portadores de tumores gloticos, classificados nos estadios I a IV. Neste trabalho analisam-se os metodos terapeuticos empregados e apresentam-se os resultados obtidos em 48 pacientes tratados com intento de cura. Quarenta e um pacientes receberam radioterapia radical; quatro recidivas foram tratadas com laringectomia total, com controle da doenca em tres. Sete pacientes com doenca avancada foram laringectomizados e receberam irradiacao pos-operatoria. As taxas de controle final do tumor no periodo de tempo analisado foram de 85% para o estadio I, 86% para o estadio II, 75% para o estadio III, e 33% para o estadio IV. Nossa filosofia de tratamento enfatiza a preservacao do laringe e uma voz natural quando possivel, porem sem sacrificio da sobrevida